quinta-feira, 1 de julho de 2010

A temível folha em branco

Fico imaginando como deve ser difícil para um escritor terminar um livro. Por mais de um mês eu não consegui escrever um post num simples blog, que não tem compromisso, só tem dois seguidores, não ganho nem perco nada com ele. Várias vezes os assuntos me surgiram, mas acabei não desenvolvendo e as ideias passaram. Imagino se tivesse obrigação de escrever. As estórias do dia a dia passam e parecem não ter mais graça no dia seguinte. Mas na verdade, o registro delas as torna eternas. O jeito de contar é o que fica. Ocorre que o Twitter tem satisfeito minha vontade de roteirizar minha vida. Há mais de um ano mantenho os posts naquela rede social. Acompanho a produção de mais de cem tuiteiros e mais de cinquenta lêem o que escrevo lá. Como tudo deve ser dito em até 140 caracteres, é rápido e fácil acompanhar e ser acompanhado. E quando não temos assunto podemos repassar boas postagens de outros. Dependendo de quem você acompanha, muitas frases interessantes podem fazer parte da sua própria lista de posts. Sabe aquela vontade de contar para todo mundo a música que você está ouvindo, a sua expectativa sobre qualquer assunto, um jogo da Copa, uma festa, o resultado de um concurso. Tudo cabe no Twitter. E ainda dá para participar de promoções, postar uma foto, enfim, liberdade para participar socialmente da vida virtual.

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