quarta-feira, 25 de junho de 2014

Trinta dias

Dia 27 de maio: hoje teve um incêndio grande na zona sul.
Dia 28 de maio: assisti uma palestra hoje na Escola do Servidor, ministrada por Nivaldo Grande, "Oficina Construa seu sucesso com as ferramentas do coaching", das 9h às 13h, onde ele cutuca quem não tem coragem para sair da zona de conforto.
Dia 29 de maio: fiz minha última aula de violão. Após dez meses com uma aula por semana, só sei reproduzir notas no instrumento. Não toco nada. Não é culpa do professor, só minha, que não me empenhei na lição de casa.
Dia 30 de maio: reunião da Pastoral da Comunicação na Cúria de Santana. Faço meu papel de jornalista ajudando a divulgar as atividades da igreja na região.
Dia 31 de maio: na Paróquia Nossa Senhora da Anunciação, tivemos o encerramento do mês de maio, conhecido como mês mariano, com a coroação de Nossa Senhora por crianças da catequese. E à noite, fui com meu marido para Cotia, festa de aniversário da minha tia. Levamos meu pai e minha mãe de carona, num frio danado, mas o calor humano foi maior.
Dia 1º de junho: domingo frio e dia de ficar em casa. Mas fui com a Luísa e a Marina assistir Malévola, em plena Av. Paulista, no TopCenter, que é Playart, porque o Cinemark não programa sessões legendadas na região da minha casa.
Dia 2 de junho: Minha filha Marina tinha um trabalho da faculdade para imprimir. Eu fiquei uma hora esperando na gráfica e a impressão não saiu. Arquivo muito pesado, alegaram. Tudo bem, ela conseguiu entregar no dia seguinte.
Dia 3 de junho: Trocamos o chuveiro lá de casa.
Um pouco mais de conforto para os dias frios, porque o antigo não estava dando conta.
Dia 4 de junho: não fui trabalhar para poder acompanhar minha mãe em consulta odontológica. Ela está com 72 anos e resolveu colocar próteses. Cirurgia de três horas que exige acompanhante, porque a pessoa sai grogue. Foi programa para o dia inteiro, pois só voltei para casa lá pelas três da tarde.
Dia 5 de junho: Dia de greve parcial do metrô, com o caos na cidade; depois do serviço, fui ao Center Norte, onde combinamos - eu e as meninas - de experimentar o Mc Itália:
Passei pelo supermercado e comprei demais. Pedi à Luísa para ir me ajudar com as sacolas, enquanto esperávamos a Marina. Só que o trânsito estava demais e a Marina ia demorar muito. Compramos os lanches para viagem mesmo e comemos em casa. À noite, fui na última reunião preparatória da quermesse da paróquia.
Dia 6 de junho: sexta fria e molhada, com greve do metrô ainda.
Dia 7 de junho: primeira noite da quermesse. Sou responsável pela organização do bingo, pelo terceiro ano consecutivo. Fui na 25 de março procurar prendas, mas foi dia de greve dos metroviários e de Marcha para Jesus. Trânsito pesado, muita gente na rua, sol... foi difícil.
Dia 8 de junho: Domingo de sol, dia de churrasco na casa da cunhada. Mais tarde, mais uma noite de quermesse e bingo.
Dia 9 de junho: continua a greve dos metroviários. A cidade está um caos, a três dias da abertura da Copa do Mundo de Futebol. Uma viga da construção do monotrilho caiu em plena avenida movimentada. Um operário morreu e dois ficaram feridos.
Dia 10 de junho: depois de quinze dias, continuo gostando do registro aqui. Hoje fui ao dentista, continuar o processo de implante de um dente.
Dia 11 de junho: Por causa da Copa, a mídia está incentivando a comemoração do Dia dos Namorados antecipada para hoje. Por coincidência, vou ao cinema com meu marido, depois de muuuiitos anos, para assistirmos Pulp Fiction, no Cinemark Shopping Santa Cruz.
Dia 12 de junho: Começa a Copa do Mundo de Futebol no Estádio do Corinthians. Feriado na cidade. Fui com minhas filhas assistir o jogo na casa do meu pai, com direito a muita família, bagunça e churrasco na garagem enchendo a casa de fumaça.
Dia 13 de junho: Sexta 13, dia de Santo Antônio, sexta com cara de segunda, segunda feliz porque é sexta. Dia comprido, pois trabalhei e à noite tem missa.
Dia 14 de junho: mais um sábado onde a principal atividade foi ajudar na quermesse da Paróquia Nossa Senhora da Anunciação à noite.
Dia 15 de junho: domingo de preguiça, sem novidade, encerrado com o trabalho no bingo da quermesse.
Dia 16 de junho: hoje frio e nublado, expectativa para o segundo jogo do Brasil na Copa, amanhã.
Dia 17 de junho: mais um jogo da seleção brasileira, contra o México. Vou assistir em casa.
Dia 18 de junho: último dia de trabalho antes das férias. Foi difícil levantar cedo.
Dia 19 de junho: nublado. Principal programa do dia: missa de Corpus Christi a partir de 16h.
Dia 20 de junho: sexta com cara de domingo.
Dia 21 de junho: mais uma invasão de sem teto. Virou notícia porque foi no Portal do Morumbi.
Dia 22 de junho: domingão de expectativa pro jogo de amanhã.
Dia 23 de junho: 85º aniversário do meu pai e jogo do Brasil na Copa = festa em família
Dia 24 de junho: primeiro passeio das férias: Museu do Futebol com a filha Luísa. E ainda passei na Barcelona para comer um folhado, que é obrigatório quando vou ao Pacaembú.
Dia 25 de junho: 30º dia e o post mais comprido que já postei. Hoje fui a uma consulta de Oftalmo. Fico imaginando quando eu o reler no futuro, o que terá realmente ficado marcado na minha vida.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Cinquenta anos de idade.

Eu fiz cinquenta anos no dia 15 de março. Foi um sábado, então comecei a comemorar na sexta, levando bolo para o serviço e recebendo por isso vários abraços e felicitações. Pelo Facebook também foram muitos os que me parabenizaram. No sábado ganhei "parabéns a você" no final da missa e benção especial do padre. À noite fui com o marido e filhas comemorar jantando no restaurante Donavilla, na Vila Maria. Ganhei roupas da minha sogra e das filhas.
O plano era viajar com meu marido, que também completou seus 50 em fevereiro. A opção era fazer um festão conjunto. Não fizemos nem uma coisa nem outra. Mesmo assim, comemoramos bastante em família.
É verdade que até outro dia ainda estava comemorando meu aniversário, já que teve festa para os aniversariantes de março na minha sala no final do mês de março. Desde então ensaiei esse post. E ontem já completei mais 50 dias após o meu aniversário. Desculpe o clichê. mas, como passou rápido!
Eu gostei de completar 50 anos. Me sinto ótima. Tudo está bem.
Achei que seria uma postagem tão especial, mas não estou inspirada. Fica só o registro para não passar em branco.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Ser feliz!

 
 
A vida vai passando e todo mundo só quer ser feliz.
O que faz você feliz?
E prá ser feliz, o que você faz?
O Pão de Açúcar perguntou isso centenas de vezes, mas a minha ficha ainda não tinha caído.
As mensagens de fim de ano me fizeram recordar o slogan e finalmente entender as perguntas.
Mas afinal... O que você FAZ prá ser feliz?
Se me perguntassem, assim, de sopetão, a resposta seria superficial até uns dias atrás. Mas agora que eu parei para pensar, acho que tenho uma resposta mais profunda.

Fazer os outros felizes é muito bom. Quando você está feliz, quer que todos à sua volta estejam também. E pode até se incomodar vendo que a pessoa não faz nada. Mas será que ela não está feliz assim?

Estar em harmonia com a família me faz feliz, mas como tudo, às vezes tem altos e baixos.

Fazer aula de violão me faz feliz, mas achei que seria mais fácil, e estou há seis meses martelando as cordas sem muito resultado.

Conhecer lugares me faz feliz. Pode ser uma rua, um restaurante, uma cidade, um país... mas nem sempre a grana permite.

Um dia quente, de sol, me faz feliz. Nenhuma reclamação de calor alheia me tira o sorriso do rosto. Mas sempre tem um dia sem sol.

Dormir bem à noite me faz feliz. Tem quem ache dormir perda de tempo ou atraso de vida. Já eu, concordo com a letra da música "Amor de Índio" que ♫ lembra que o sono é sagrado e alimenta de horizontes o tempo acordado de viver ♫. Mas sempre tem o horário para levantar.

Ser útil me faz feliz. Mas eu nunca perguntei para os que estão por perto "o que faz você feliz".

Ajudar na missa, colaborar com a organização da paróquia, dar uma de jornalista usando o que aprendi na escola para disseminar os ensinamentos da igreja católica, me faz feliz. Mas nem sempre agrada a outros.

Tomar um café, comer um pão de queijo, ou hamburguer, ou qualquer coisa que eu tiver a fim: isso me faz feliz. E aqui, penso na diferença entre ser feliz e estar satisfeito.

Fui ao dicionário* e aprendi que não há diferença: Feliz > que se sente satisfeito, realizado = contente. Também estão nas definições: abençoado, que teve sucesso.

Estou de bem com a vida.



*"feliz", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/feliz [consultado em 07-01-2014].

domingo, 3 de novembro de 2013

Porque escrever?



Escrevo para organizar os pensamentos. Tem ideias que ficam rodando na cabeça da gente, e se a gente não prende elas no "papel", elas ficam indo e voltando, incomodando, pedindo uma atitude.
Também escrevo para registrar o que penso que merece o registro. Para saber que posso encontrar aquele pensamento em outra ocasião. Escrevo para aliviar a cabeça ocupada com tantos pensamentos. Para quem assistiu Harry Potter, gostaria de ter uma cristaleira para guardar as lembranças em frascos, e deixá-las disponíveis para quando eu precisasse usá-las.
Escrevo como um diálogo comigo mesmo, ainda que o blog seja aberto à leitura de outras pessoas. Não espero - na maioria das vezes - nenhum retorno, nenhuma manifestação sobre o que escrevi.
Às vezes penso em uma estória para escrever, mas depois esqueço. E daí penso se teria sido bom anotar na hora ou se realmente não tinha nenhuma importância, por isso foi esquecido. Mas se esqueci, como poderei saber se era relevante? Se fosse importante, estaria indo e voltando, incomodando, pedindo para ser registrada. Como esse post.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Quando ninguém falava inglês

Na minha adolescência, ninguém que eu conhecia entendia inglês. Por mais que a gente fizesse cursinho, era muito difícil encontrar alguém que falasse uma língua estrangeira. E na época a gente gostava muito das músicas em inglês.
Sem entender nadinha, "cantávamos" o som das palavras, sem a menor idéia do significado. Isso não incomodava nem um pouco. Importava o balanço, a melodia, as rimas inventadas. Aliás, como se inventava rimas ruins...a música "Cuba" do Gibson Brothers - 1979, tinha o refrão "Cuba quiero bailar la salsa" virou "cuba, seu irmão cag# nas calças", uma outra virou "seu c* só sai de ré", .. imagina eu que nunca gostei de palavrões.
Outro problema: como a gente não entendia nada, ficava apaixonada pelas melodias melosas, achando que eram românticas, quando na verdade estavam mais para gospel: "Jesus is love",  "He Ain't Heavy, He's My Brother", "Ships"... nessa então, Barry Manilow fala do pai, de cachorros, e dançando de rosto colado, a gente imaginava romance na letra. Não existia malícia, não havia maldade. Mesmo quando James Brown cantava "Get on up and then shake your money maker" (algo como sobe em cima e balance o seu traseiro) a gente só queria seguir a coreografia. E ninguém imaginaria que Freddie Mercury era homossexual, com aquele corpo másculo. Ninguém achava Village People caricatura gay. Acho que eram tempos mais leves. A inocência perdida não tem volta.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

A situação das formandas II

Quando leio uma coluna do Walcyr Carrasco ou da Eliane Brum, penso se um dia reconhecerei o nome de algum colega da classe de Jornalismo, Uninove Formandos 2009. Tenho certa facilidade de decorar nomes completos, reconheço e quase sempre sei de onde. Já fazia essa busca pelos colegas de Publicidade e Propaganda, Faap Formandos 1985. Devo ser a única que acompanha premiações de campanhas publicitárias, demissões e contratações de agências de propaganda, tentando reconhecer algum nome. E não desisto de acompanhar os letreiros finais de programas jornalísticos na TV. Quem sabe? Seria um alento saber que algum - de tantos - seguiu firme na carreira escolhida. Que tantos anos dedicados à universidade não foram em vão para todos nós. Não precisa ser âncora, diretor ou redator. Bastava figurar na equipe.  Será falta de talento nosso? Ou dos professores?
De minha parte, já disse por aqui, meus diplomas foram para a gaveta. Nem quadro na parede mereceram. Continuo sem perspectiva de utilizar profissionalmente minha dupla formação universitária. Não quero aqui desanimar ninguém. Não foi totalmente em vão. A primeira faculdade acomodou minha ânsia criativa e organizou minhas ideias, e em vários momentos da minha vida, senti que aquele conhecimento adquirido me foi útil. A segunda fauldade foi pensada como opção de ocupação e vontade de aprender coisas novas e me deu satisfação pessoal.
Torço muito pelo sucesso de todos os meus ex-colegas de classe.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Sobre o teatro

Eu sou daquele time "Vá ao teatro, mas não me chame". Sempre digo que não gosto de teatro. A mim parece sempre que os atores estão pagando mico, se humilhando, forçando uma situação, tentando convencer. Nunca me parece natural como é no cinema ou na televisão. Acho constrangedor mesmo.
Mas há uns dois anos, quando minha filha mais nova anunciou sua decisão de entrar num grupo teatral, achei que era fogo de palha, curiosidade adolescente. Que ainda não acabou e continua me levando a assistir suas apresentações, e me fazendo pensar que teatro às vezes é divertido. Só não sei ainda se gosto porque conheço o pessoal e acompanho suas lutas para produzir as peças.
Por mais que tentem me convencer que é bom para o desenvolvimento intelectual, social, que "teatro é arte, é cultura, é experiência", bla-bla-blá, continuo com a impressão que os defensores do teatro apenas têm vergonha de dizer que não acham graça na coisa. Não querem parecer analfabetos culturais, afinal, a arte dramática é um objeto semiótico por natureza, seja lá o que quer dizer isso.
Também acho desnecessários os palavrões que o povo do teatro tanto gosta de proferir. E disso já tratei aqui.
Quantas dinâmicas de grupo participei quando era uma desempregada procurando vaga no mercado de trabalho. Isso sempre me incomodou por não saber se deveria representar, fingir ou ser eu mesma. Ou fingir ser eu mesma representando a candidata ideal. Talvez daí minha aversão ao teatro.
Mas também nunca faltei nas apresentações das minhas filhas, desde o berçário, a ponto de me emocionar com a menina deitada no palco, vestida de elefantinho, junto com as outras, que apenas ficavam lá, balançando as perninhas. Coisa linda. E daí que nestes dois anos já fui a saraus, improvisos, teatro cantado, dançado e ensaiado. E continuo torcendo para que acabe logo.