quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Grosserias alheias


Eu não falo palavrão. Não gosto mesmo. Aprendi desde pequena que existem formas menos feias de expressar irritação. Preciso estar muuuito irritada, precisam me tiraaaar do sério para que eu fale um pqp ou coisa pior.
Mas sempre convivi com pessoas que falam m*rda prá quase tudo e por qualquer motivo. E ainda acho uma grosseria para os ouvidos alheios. Enfim, cada família educa seus filhos como quer.

Não que eu ache simpatia obrigatória para a boa convivência. Não vivo mostrando os dentes em sorrisos sem motivo. Acho falso. Isso às vezes passa uma imagem que estou sempre brava, de mal humor. Mas no máximo, estou apenas séria. Mas responder agredindo, com palavrões, isso eu não faço. Prefiro calar do que baixar o nível na resposta.

Quando eu tinha uns 16, saía com uma vizinha nas noites do final de semana. Ela fala um palavrão para cada duas palavras em cada frase. Que eu saiba, até hoje é assim "desbocada", como diria minha mãe. Era para escandalizar qualquer passante e ela se divertia com isso.
Eu costumo falar que palavrão, para mim, é Pin-da-mo-nhan-ga-ba, quando muito, junto um DaAparecidadoNorte, sei lá porque, para ficar mais comprido e parecer um palavrão maior.

Dependendo do contexto e do tom de voz, palavrões não me perturbam. Às vezes, é até engraçado ver alguém se expressar dessa forma. Mas se são ditos com raiva, no grito, incomodam demais. Transparece a dimensão animal do emissor. É pura agressão, falta de argumento civilizado. E vira rotina, para quem costuma falar palavrões, reclamar de tudo. Nada mais está bom. Tudo está errado. E nunca se acha responsável pela situação. A reclamação é o status quo. Se vive sem a preocupação de mostrar educação. Gentileza? Pra que!

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